Quando íamos a caminho do vulcão, ligamos o skipe para ouvirmos as notas do crepitar das lareiras de Pompei. As janelas do armazenamento de dados foram logo fechadas com cinto de segurança para gatos, mas o ilusionista que conduziu o autocarro das visitas inesperadas libertou as quatro ondas sonoras que tornaram as fumarolas livres, e com um espelho de bolso podemos decifrar a letra romana da porta do labirinto que nos levou ao paraíso das cigarras, onde as nuvens estão ao alcance da palma da mão e o sol se confunde com a lava incandescente da imaginação.
O que dizer de um vulcão dito adormecido, mas vigiado à distância? Um simples mas enorme buraco, que se vai babando com amendoas de lavas envelhecidas por servir de ponto de encontro de milhares de pessoas? Ora de costas ora não, o buraco mete respeito, e o olhar para a paisagem oposta transforma o infinito numa pérola azul turquesa.
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