O Cromeleque de Portela de Mogos, ocupa um espaço diminuto face à imensidão dos complexos horizontes adjacentes, e o alinhamento dos meníres só verdadeiramente se entende recorrendo à ajuda da planta publicada e com ela poder perceber que o conjunto teve 40 unidades. No local, mau grado a forte presença arbórea, sentimos a envolvência da elipse formada por alguns dos monólitos equidistantes 1 metro entre si, e também a centralidade pujante do grande menir central, mas sem roteiro é impossível descortinar as “estátuas menir”, o que talvez as venha protegendo de alguma selvajaria “criativa”, já que segundo M.Varela Gomes, comparando o seu levantamento com o anterior, concluiu que “pelo menos dois monólitos desapareceram”!
A fruidade do conjunto megalítico, está demasiado condicionado pela vedações de propriedade, o que é lamentável face aos diminutos prejuízos que a sua desanexação e individualização territorial traria para os seus actuais proprietários, mas este é um exemplo das mentalidades que o País tem herdado, e que se pareceria poder preservar conteúdos, é o contrário, pois este é um exemplo de como um monumento que pesa toneladas só pode ter “desaparecido” com a mão de um dos três “proprietários”, tão zelosos em manter as suas herdades em territórios de caça.
É obrigatório visitar este Monumento, sem pressas, para eventualmente conseguir sentir-se o magnetismo que irradia do local, e depois partir para Vale Maria do Meio, e comparar os ambientes, e os resultados dos contextos megalíticos.
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