Um espaço de transpiração, comunicação e partilha de sensações na apropriação de planos do Planeta que nos acolhe. Como objectivo principal, o perfeccionismo, para deixar àqueles de quem gosto uma ideia prática da responsabilidade em olharmos à nossa volta e não deixarmos passar despercebidas a luz e as sombras de cada instante. Mas também, dar conta de fragrâncias e sabores que me toquem, dar nota de outros estímulos aos meus sentidos e, dar eco dos criadores do Belo.
E
sexta-feira, julho 31, 2015
quinta-feira, julho 30, 2015
quarta-feira, julho 29, 2015
Uma manhã pela Ria Formosa - 1
O Sotavento Algarvio, com a Ria Formosa “protegendo” o equilíbrio paisagístico da avidez imobiliária, tem para oferecer no verão horas e percursos especiais, graduando cada escolha à medida do gosto de cada um. Ontem, saí de casa de madrugada para espiolhar o nascer do sol no meridiano entre as seis e as sete, e a primeira imagem apetecível foi de Santa Luzia vista da ponte do Barril.
terça-feira, julho 28, 2015
segunda-feira, julho 27, 2015
domingo, julho 26, 2015
sábado, julho 25, 2015
sexta-feira, julho 24, 2015
quinta-feira, julho 23, 2015
quarta-feira, julho 22, 2015
terça-feira, julho 21, 2015
segunda-feira, julho 20, 2015
domingo, julho 19, 2015
A primeira aula
Vão já bem longe duas semanas do outono de 2014, silenciadas, porque encobertas pelo ruído de tanta noite passada. As diversas responsabilidades pela vida fizeram-nos pensar na possibilidade de fazermos a nossa pesquisa anual, e habitual, pelos torrões de S.Brás3, pois já sabíamos então que a folha de sequeiro intensivo tinha sido gradada, e depois disso já tinha caído alguma chuva que decerto tinha começado a “lavar” os poucos cacos que ainda vão conseguindo acimar por lá, sobrevivendo à agressão agrícola e atmosférica, e actuando em primeira linha no sucesso escritural de microns da nossa história sobre a pré-história naquele lugar. Em cada uma das duas etapas, atravessar os olivais centenários, errar uma hora e meia sobre os torrões, almoços de cozido de grão, e migas, em Serpa na Tasca do Engrola, comprar umas queijadas de requeijão, regressar a casa ao pôr do sol pela rota de Paymogo, recolher tudo o que a vista alcançou e aguardar pela ocasião ideal para partilhar as imagens; que os sentimentos vividos não são digitalmente transmissíveis.
A extremidade distal ainda afiada de uma enxó em anfibolito quebrada no passado.
A extremidade de uma placa de barro ( peso de tear ).
Um pequeno artefacto lítico, talvez votivo.
A “rota de Paymogo”, mais ou menos paralela à fronteira entre Portugal e a Espanha, é o percurso mais seguro e cómodo para vir de Serpa até ao Sotavento Algarvio, pois embora tenha algumas curvas, mas muito largas, o tapete de alcatrão é impecável, e ainda se percorrem cerca de cinquenta quilómetros de rectas, desembocando-se na autopista que liga Sevilha à ponte sobre o Guadiana a quase 8km do tabuleiro que galga sobre o rio para unir a Ibéria.
Há quem vá “conhecer” e fotografar o Mundo no Amazonas, na Patagónia, no Ártico, nas estepes da Ásia, e mesmo onde mais ninguém voltará, como faz Sebastião Salgado, mas nunca ninguém Conhecerá o Mundo nem mesmo com os pps das correntes das mensagens entre Amigos e desconhecidos. Sem falsas modéstias, depois de anos e anos sobre torrões molhados ou palhas secas, conhecemos mesmo uma parte de “S.Brás”, o à parte que o Mundo nos deixou perceber, afinal aquilo que o complexo arqueológico tem de sucessivamente revolto e exposto, ou noutro registo, o cheiro das amostras das poeiras que saem das tocas dos coelhos e enroupam o que ficou da ocupação humana de cinco milénios atrás.
Em cerca de meio século de tangência com a arqueologia, centrada na margem esquerda do Guadiana, vimos alteraram-se, paisagens, proprietários, metodologias de cultivo e calibres do grão das poeiras terrosas, vimos nascer cercas de arame farpado e modernos sistemas de rega, foram nascendo as duas gerações dos que ficarão com os meus slides, desenhos, livros, alguns cacos, que também herdarão algumas ilusões, e como os mais novos já têm capacidade para inaugurar uma competência que a escola não transmite, fomos a S.Brás, para poder dar a primeira aula de “arqueologia de superfície” a três das “minhas” crianças, as que as leis me permitem transportar no banco de trás do carro.
Depois de uma tomatada no Engrola, agora que o calôr afasta as migas, uma paragem de curtos minutos a meio de uma viagem de férias, para entre os 45º de braseiro sobre um campo de girassol, ensaiarmos a curtíssima introdução à descoberta do que pode fazer a relação estabelecida entre os olhares e a terra onde poisamos suavemente os pés. Cada um no seu rego, sem perturbar os pés de girassol que vão ficando cada dia mais torrados com as cabeças caindo-lhes envergonhadas, um pequeno saco na mão e olhos bem abertos para o chão, cincoenta passos para lá, mais cincoenta passos de volta pela fileira ao lado, para que chegados a casa se emocionarem com o “valor” da sua recolha.
Há quem vá “conhecer” e fotografar o Mundo no Amazonas, na Patagónia, no Ártico, nas estepes da Ásia, e mesmo onde mais ninguém voltará, como faz Sebastião Salgado, mas nunca ninguém Conhecerá o Mundo nem mesmo com os pps das correntes das mensagens entre Amigos e desconhecidos. Sem falsas modéstias, depois de anos e anos sobre torrões molhados ou palhas secas, conhecemos mesmo uma parte de “S.Brás”, o à parte que o Mundo nos deixou perceber, afinal aquilo que o complexo arqueológico tem de sucessivamente revolto e exposto, ou noutro registo, o cheiro das amostras das poeiras que saem das tocas dos coelhos e enroupam o que ficou da ocupação humana de cinco milénios atrás.
Em cerca de meio século de tangência com a arqueologia, centrada na margem esquerda do Guadiana, vimos alteraram-se, paisagens, proprietários, metodologias de cultivo e calibres do grão das poeiras terrosas, vimos nascer cercas de arame farpado e modernos sistemas de rega, foram nascendo as duas gerações dos que ficarão com os meus slides, desenhos, livros, alguns cacos, que também herdarão algumas ilusões, e como os mais novos já têm capacidade para inaugurar uma competência que a escola não transmite, fomos a S.Brás, para poder dar a primeira aula de “arqueologia de superfície” a três das “minhas” crianças, as que as leis me permitem transportar no banco de trás do carro.
Depois de uma tomatada no Engrola, agora que o calôr afasta as migas, uma paragem de curtos minutos a meio de uma viagem de férias, para entre os 45º de braseiro sobre um campo de girassol, ensaiarmos a curtíssima introdução à descoberta do que pode fazer a relação estabelecida entre os olhares e a terra onde poisamos suavemente os pés. Cada um no seu rego, sem perturbar os pés de girassol que vão ficando cada dia mais torrados com as cabeças caindo-lhes envergonhadas, um pequeno saco na mão e olhos bem abertos para o chão, cincoenta passos para lá, mais cincoenta passos de volta pela fileira ao lado, para que chegados a casa se emocionarem com o “valor” da sua recolha.
Liberdade total; apenas ouve um conselho prévio – “apanhem o que vos parecer que não faz parte da natureza, e pode ter estado na mão do Homem”.
Os três resultados! Três bordos de pratos almendrados, vários cacos indertemináveis, a extremidade de um crescente, fragmento de uma enxó, restos de ossos, e seixos com concreções calcárias. Para primeira e curta vez, foi muito “positivo”. Se já os progenitores seguiram outros caminhos, e tal como vemos o Mundo, esta experiência ficará nas memórias longínquas da infância com a cumplicidade deste registo e das suas imagens, mas poderá sinalizar caminhos para futuros projectos de investigação noutras ciências.
sábado, julho 18, 2015
sexta-feira, julho 17, 2015
quinta-feira, julho 16, 2015
quarta-feira, julho 15, 2015
terça-feira, julho 14, 2015
segunda-feira, julho 13, 2015
domingo, julho 12, 2015
sábado, julho 11, 2015
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sábado, julho 04, 2015
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quinta-feira, julho 02, 2015
quarta-feira, julho 01, 2015
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