Imagens de rua

A arquitectura moderna da beira rio, vai aprendendo a conviver com o Tejo das Caravelas e com a Baixa Pombalina tão homogénea com os seus próprios edifícios.

 

 

 

Imagens de rua

A beleza metálica da máquina que faz as horas no relógio do Arco do Triunfo da Rua Augusta.

A intimidade com as objectivas

A forma de implantação de uma grande Empresa Europeia transfronteiriça não se faz por todo o lado à medida da identidade de cada País ou Cidade, mas em Sevilha, a dúvida não existe sobre a sua integração sociológica, tenha sido ela determinada ou não por interesses comerciais ou por imposição do orgulho Nacionalista. 

 

 

 

Hoje, andei por Lisboa, sem mão livre para a fotografia pois chovia e fazia muito vento. Percorri uma Alameda de onde só tinha lembranças de lá passar pela mão do meu Avô.
Hoje, “assisti” enquanto almoçava a um curioso filme sobre a memória humana e as nossas capacidades para saber ir buscar aos arquivos/neurónios as lembranças agradáveis, mais ou menos recentes, e aparentemente a não sermos tão diligentes para recordar os acontecimentos indesejáveis e sem substância.
Hoje, quando saí da Biblioteca Nacional, e caminhei pelo Campo Grande até às traseiras da Churrasqueira do Campo Grande onde fui reavaliar o estado da minha visão depois de passar a usar uma lente intraocular que me vai dispensar os óculos para ver ao longe, recordei-me bem mais de um lustre para trás, ali sentado num banco com o meu Avô Sérgio e um Amigo, e o fascínio que me causou uma neta dessa pessoa, de que não me lembro o nome mas ainda tenho a imagem, bem mais velha da criança muito pequena que eu era então, andando de patins à nossa volta de forma exímia, vestida a rigôr para o acto.
Hoje, logo a seguir, na enorma Placa de betão amarela indicativa da actual Faculdade de Ciências, vi com desagrado dois pequenos “graffiti”. Um deles, finamente impresso com molde dizia: “O Rei foi morto”; ao lado uma garatuja, “ Vivam os regicidas”! O meu Avô, nunca teria sido capaz de escrever numa parede, mas decerto que lá do alto do seu Republicanismo teria apreciado a resposta.
Hoje, e para concluir, não posso publicar uma única imagem fotográfica de tanto enquadramento agradável da Lisboa que palmilhei, limito-me à capa do catálogo da exposição que me levou à Biblioteca Nacional, e depois ao reavivar das memórias do Jardim onde se andava em barcos a remos, se alugavam bicicletas e se patinava.

 

Imagens de rua

Conhecemos a afabilidade pedonal da Calçada Portuguesa, e temos uma ideia aproximada da sua plasticidade, mas sem constituir surpresa é magnífica a beleza da sua visão de conjunto. 

 

A intimidade com as objectivas

O poder mágico dos círculos de pedra apruma a postura fotogénica do pombo. 

 

A intimidade com as objectivas

INVERNO 

Como um sutra
o velho calendário
enche-me de gratidão.
Yosa Buson, Primeiro Amor e outros poemas, cerca de 1757

 

Imagens de rua

Conservar património, é reforçar a Identidade dos Povos e dos Povoados.

A intimidade com as objectivas

No Arco do Triunfo, está afinal escondido um calcanhar que é, só por si, digno de se debruçar sobre a Praça mais bela da Europa.

 

Imagens de Rua

Cuidando da conservação das suas ruas, e de uma das principais produções que diferenciam a Andaluzia, o Ayuntamento de Sevilha recolhe a vasta produção espontânea das laranjeiras espalhadas pela Cidade, que apesar da ilusão da composição não foram à pásada para o contentor de lixo, mas sim para um grande contentor/atrelado, que ficou pronto a satisfazer a proposta dos Correos!

 

 

 

A intimidade com as objectivas

Pontos de amarração históricos que garantindo a unidade bronze pedra e sua solidez, brilham ao pôr do sol.

 

A intimidade com as objectivas

A beleza, é a mistura do infinito com o finito, nas devidas proporções.
PLATÃO

Almada lá ao longe, e a Alma da Criatividade que de perto mantém desperta a gaivota.

 

A intimidade com as objectivas

Múltiplos planos que um horizonte encerra, alguns que o nosso olhar logo não descortina mas que à Lente não confundem e que a imagem contrastada acaba por nos vir a demonstrar – a Ria, gaivotas debicando, o Pescador que num barco auxiliar a atravessa com o auxílio de um remo para ir pescar na outra margem, a estreita faixa de areia a quem queremos chamar de duna e que continua a proteger a costa enquanto as cargas da pressão urbanística dos litorais mais vizinhos não fizerem por aqui o seu estrago, finalmente, o Mar, onde o Barco da pesca vai retirar os polvos da armadilhas que por lá espalhou e onde o Veleiro procurando a paz própria de Oceanos complacentes, conta com a ajuda das correntes de ar e de água para cumprir a rota da moeda única.

 

A intimidade com as objectivas

No porto de abrigo natural para os caçadores à linha de sargos, robalos e douradas, respira-se o brilho do astro quando o Inverno suspende a respiração.

 

A intimidade com as objectivas

Uma mesa com cadeiras para descansar o olhar demorado sobre um horizonte de meia lua.

Um horizonte quase total!

 

 

A intimidade com as objectivas

Cotonetes naturais que limpam o silêncio das nuvens esparsas.

 

A intimidade com as objectivos

Espelhos infiéis.

 

A intimidade com as objectivas

A imensidão do céu, esmaga e arqueia a duna protectora das tempestades mais suaves.

 

A intimidade com as objectivas

Tarde de Inverno, luz fria, reflexos mornos.

 

A intimidade com as objectivas

Cantos e cantes, esquinas e desníveis, escuro e claro, passado e presente.

 

A intimidade com as objectivas

A fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente.

Roland Barthes, Pensador

 

 

No alto do Arco do Triunfo, a comunhão de equilíbrios entre a pata robusta do Leão e o pé delicado do Génio já coroado pela Glória.

Ainda sob o signo de Amadeo

Da maior mostra de Amadeo de Sousa Cardoso até agora apresentada em Portugal, constam várias companhias pictóricas à mística de Amadeo, como Helena Almeida e António Areal e várias e discutíveis criações de arte moderna espalhadas em dois planos das salas do CAM, que se articulam na perfeição com a mística do Pintor de Manhufe.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amadeo,

E por fim, ideias com sabor a provocação!

 

A intimidade com as objectivas

A Cidade e Rio, constrangidas pela iluminuras artificiais dos pássaros de ferro que arriscam pelos céus a prova prática das análises de CO2.

 

 

 

A intimidade com as objectivas

As frestas do Oceanário de Lisboa

A intimidade com as objectivas

Fim de tarde de inverno, Lisboa, Terreiro do Paço, Cais das Colunas ( ditas inspiradas nas colunas do Templo de Salomão, maçónicas, a Sabedoria e a Devoção, vigiadas de longe pela Glória do Arco do Triunfo), a pedra resistente sempre em compita com o Rio ficando no primeiro plano.

A intimidade com as objectivas

Iluminuras Quentes no Oceanário de Lisboa

Expressionismo semiabstracto

Oceanário de Lisboa

A intimidade com as objectivas

Espelhos à volta do Oceanário

Oceanário de Lisboa