Um espaço de transpiração, comunicação e partilha de sensações na apropriação de planos do Planeta que nos acolhe. Como objectivo principal, o perfeccionismo, para deixar àqueles de quem gosto uma ideia prática da responsabilidade em olharmos à nossa volta e não deixarmos passar despercebidas a luz e as sombras de cada instante. Mas também, dar conta de fragrâncias e sabores que me toquem, dar nota de outros estímulos aos meus sentidos e, dar eco dos criadores do Belo.
E
domingo, junho 30, 2013
sábado, junho 29, 2013
sexta-feira, junho 28, 2013
quinta-feira, junho 27, 2013
quarta-feira, junho 26, 2013
terça-feira, junho 25, 2013
segunda-feira, junho 24, 2013
domingo, junho 23, 2013
Generalizar é imprudente, mas julgo que quase todos os Portugueses reconhecem uma certa incompatibilidade entre os Espanhóis e a língua Portuguesa, e também julgam que o contrário não é verdadeiro. Também devemos reconhecer que até tempos recentes, a dimensão da incapacidade económica para as Comunidades da Língua Portuguesa percorrerem o Mundo, geravam a ausência de traduções das línguas autóctones para além do Inglês e do Francês, o que parece estar mudando com a importância crescente de alguns Países agora apelidados de “emergentes”. Um dia destes, em Sevilha na recepção do antigo subsolo da Plaza de la Encarnación, agora espaço Musealizado, duas jovens espanholas, perguntaram-me pela nacionalidade tendo em vista a escolha da língua de um pequeno guia, donde resultou a entrega do mesmo me ter sido feita na versão Inglesa!
Dadas as desqualificações que os Portugueses têm vindo a ser alvo da parte da aliança entre as autoridades dos poderes económicos que gerem as Europas, e os Governantes Nacionais, não deixa de ser irónico que umas miúdas Espanholas considerem que a melhor forma de um Português já velho compreender uma exposição com a legendagem principal em Castelhamo, foi entregarem-lhe de moto próprio um texto em Inglês, atitude que não comentei na hora por só ter dado por isso já depois de ter deixado a exposição, e afinal qualquer das três versões disponíveis me era indiferente!
Durante anos e anos, na Sevilha que “fica aqui tão perto” e é uma das duas Cidades onde gostaria de habitar se não vivesse onde vivo, tinha observado repetidamente uma vasta Plaza primeiro entaipada e depois “esburacada” por profusas escavações arqueológicas, que vieram a revelar os vestígios de parte dos complexos habitacionais e comerciais de um período com cerca de 1.200 anos iniciado no Século I, e situados a uma profundidade de cerca de 5,5 metros do nível do solo actual, o que mais uma vez revelou a forma como as grandes Cidades foram crescendo, sobrepondo os sucessivos entulhos resultantes dos apagamentos ideológico/religiosos, cujos vestígios ficam sempre presentes e bem datados nos cortes estratigráficos. Estão agora à vista os pavimentos de instalações Romanas para o fabrico de garum, as villae adjacentes e até 350 m2 de uma casa árabe do período Almonda.
O plano de reaproveitamento da Plaza de la Encarnación incorporou os alicerces dos edifícios encontrados nas escavações, agora visitáveis num “pequeno” Museu, o ANTIQVARIVM DE SEVILHA residente por debaixo de um moderno Mercado, e este, foi por sua vez amplamente coberto por uma notável estrutura arquitectónica construída em madeira ao cimo da qual se pode aceder de elevador e disfrutar de uma vista panorâmica de 360º sobre a Cidade. A criação de espaços museológicos em subsolos de zonas urbanas modernas, tirando partido de importantes vestígios que a arqueologia descobre, estuda e depois ajuda a musealizar, é uma prática que felizmente se tem desenvolvido, preservando assim os monumentos mais antigos e com a ajuda da engenharia moderna aproveitando o espaço constrói-se em altura quase sem restrições.
Entre as particularidades da musealização, encontrei uma estratégia pouco habitual na apresentação da composição dos sedimentos encontrados no sector da indústria do garum com a representação corporal das espécies piscícolas usadas, as quais, atendendo à proximidade da nossa costa sul, também podemos encontrar e reconhecer nos nossos mercados, como o cantaril, o rodovalho, a baila, o robalo, o sargo, a sardinha, a anchova ou a cavala.
Quanto ao mais, quem possa deve visitar com calma todo o complexo, aproveitar a cultura nas suas vertentes históricas e a fruição interpretativa do percurso elevado sobre os horizontes da Cidade pleno de auxiliares, e finalmente explorar e apreciar os enquadramentos dos inúmeros recantos oferecidos pela obra arquitectónica.
sábado, junho 22, 2013
Imagens de rua
Recomeçaram os trabalhos de manutenção dos carris do comboio do Barril, embora este ano a intervenção seja mais reduzida do que em anos anteriores, e os meus Amigos que lá exercem o seu saber, já tiveram a gentileza de me oferecer um prego de 1953 encontrado numa das velhas travessas da via larga que já cumpriu aqui o seu segundo destino, depois de ter sido cortada ao meio para sustentar estas leves aventuras, mas que agora teve de ser substituída.
sexta-feira, junho 21, 2013
quinta-feira, junho 20, 2013
quarta-feira, junho 19, 2013
terça-feira, junho 18, 2013
segunda-feira, junho 17, 2013
domingo, junho 16, 2013
Histórias da minha praia numa manhã de Santo António
Na minha praia, nos dois últimos anos, a epiderme da sola dos meus pés deixou de reconhecer a areia que eles pisaram na véspera, e também não consegue avaliar o grau de inclinação provocado pelas marés. Talvez que as chamadas alterações climáticas venham determinando novos percursos nas correntes marítimas e modifiquem os perfis dos leitos marinhos ao mesmo tempo que os ventos acomodam os areais com perfis desconhecidos. Acima de uma tímida ondulação espraiada sobre os meus pés, a descida da última maré, deixou desprotegidos na madrugada dezenas de caranguejos que procuraram alimento nas espumas cheias de plâncton e que preguiçosos não acompanharam o ritmo da fuga da água para recompor o nível Lunar do oceano.
Na minha praia, nos dois últimos anos, a epiderme da sola dos meus pés deixou de reconhecer a areia que eles pisaram na véspera, e também não consegue avaliar o grau de inclinação provocado pelas marés. Talvez que as chamadas alterações climáticas venham determinando novos percursos nas correntes marítimas e modifiquem os perfis dos leitos marinhos ao mesmo tempo que os ventos acomodam os areais com perfis desconhecidos. Acima de uma tímida ondulação espraiada sobre os meus pés, a descida da última maré, deixou desprotegidos na madrugada dezenas de caranguejos que procuraram alimento nas espumas cheias de plâncton e que preguiçosos não acompanharam o ritmo da fuga da água para recompor o nível Lunar do oceano.
É o primeiro ano em que isto começou a acontecer, mas talvez que a inflacção de apanhadores de conquilha seja uma causa possível, e esta hipótese decorre da descoberta por eles de uma técnica para aproveitamento dos bancos de areia que se têm formado ao longo da costa, nadando até lá com o auxílio de pequenos barcos de borracha ou grandes câmaras de ar e emergindo quando mesmo nas marés médias o nível da água já lhes dá pelo peito; no regresso, as boias auxiliares servem para trazer o arrasto de cintura e os bivalves.
Salvar os caranguejos de um fim trágico, com a areia perdendo a pouco e pouco a humidade e sufocando-os, ao mesmo tempo que os sujeita ao ataque de micro-organismos saídos do nada, e por vezes às bicadas das gaivotas, foi o destino que a manhã do dia 13 dia de Santo António me tinha reservado.
sábado, junho 15, 2013
Imagens e sons de uma rua do Alentejo profundo
No caminho em direcção às nossas obrigações, parar em Mértola para cumprir devoções. Esticar as pernas e os ouvidos, descansar a vista e ajustar o cantinho da mala com Pão do Alentejo, bolos de pão, uma linguiça e um chouriço de sangue. Uma Cidade com Gente que conversa na rua, onde à entrada de uma velha e mais do que tradicional sapataria se ouviu – “pode entrar que à entrada não se paga nada!”, e logo de seguida - Bom dia!, do Cláudio Torres ( Prémio Pessoa), na sua passada calma com que ia cumprimentando todos quem se cruzavam com ele, e lá foi sentar-se na esplanada do Café Guadiana a ler o Público. Cinco minutos, que nunca dão para mais do que dois olhares, e afinal, os olhos, as pernas e os ouvidos queriam poder ter-se ali esticado muito mais.
sexta-feira, junho 14, 2013
quinta-feira, junho 13, 2013
quarta-feira, junho 12, 2013
terça-feira, junho 11, 2013
segunda-feira, junho 10, 2013
domingo, junho 09, 2013
sábado, junho 08, 2013
sexta-feira, junho 07, 2013
quinta-feira, junho 06, 2013
quarta-feira, junho 05, 2013
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