Um espaço de transpiração, comunicação e partilha de sensações na apropriação de planos do Planeta que nos acolhe. Como objectivo principal, o perfeccionismo, para deixar àqueles de quem gosto uma ideia prática da responsabilidade em olharmos à nossa volta e não deixarmos passar despercebidas a luz e as sombras de cada instante. Mas também, dar conta de fragrâncias e sabores que me toquem, dar nota de outros estímulos aos meus sentidos e, dar eco dos criadores do Belo.
E
sexta-feira, maio 31, 2013
quinta-feira, maio 30, 2013
quarta-feira, maio 29, 2013
terça-feira, maio 28, 2013
segunda-feira, maio 27, 2013
domingo, maio 26, 2013
sábado, maio 25, 2013
sexta-feira, maio 24, 2013
quinta-feira, maio 23, 2013
Dia 23 de Maio, dia de Festa
Criança desconhecida e suja brincando à minha porta,
Não te pregunto se trazes um recado dos símbolos.
Acho-te graça por nunca te ter visto antes,
E naturalmente se pudesses estar limpa eras outra criança,
Nem aqui vinhas.
Brinca na poeira, brinca!
Aprecio a tua presença só com os olhos.
Vale mais a pena ver uma coisa sempre pela primeira vez que conhece-la,
Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez,
E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar.
O modo como esta criança está suja é diferente do modo como as outras estão sujas.
Brinca! Pegando numa pedra que te cabe na mão,
Sabes que te cabe na mão,
Qual é a filosofia que chega para uma certeza maior?
Nenhuma, e nenhuma pode ir brincar nunca à minha porta.
Alberto Caeiro, Eu só penso no Sol,
Não te pregunto se trazes um recado dos símbolos.
Acho-te graça por nunca te ter visto antes,
E naturalmente se pudesses estar limpa eras outra criança,
Nem aqui vinhas.
Brinca na poeira, brinca!
Aprecio a tua presença só com os olhos.
Vale mais a pena ver uma coisa sempre pela primeira vez que conhece-la,
Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez,
E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar.
O modo como esta criança está suja é diferente do modo como as outras estão sujas.
Brinca! Pegando numa pedra que te cabe na mão,
Sabes que te cabe na mão,
Qual é a filosofia que chega para uma certeza maior?
Nenhuma, e nenhuma pode ir brincar nunca à minha porta.
Alberto Caeiro, Eu só penso no Sol,
quarta-feira, maio 22, 2013
terça-feira, maio 21, 2013
segunda-feira, maio 20, 2013
domingo, maio 19, 2013
sábado, maio 18, 2013
18 de Maio dia dos Museus
Reflexões sobre domínios da sustentabilidade
Um dos pilares de sustentação da vida humana, é constituído por um conjunto muito vasto de factores anímicos.
Nos tempos actuais, entre esse largo conjunto de factores, a mobilidade individual representa um papel de contributo decisivo para a economia dos Países, e para a sanidade mental das pessoas que se deslocam em busca de encontrar por uns instantes ambientes diferentes daquele onde estão habituadas a viver, e que lhes permite conferir desigualdes ou pseudo-igualdades nos segundos separados pela apreensão de outros saberes.
Sempre que se procura o que nunca se viu, para aumentar o conhecimento, ou simplesmente pelo prazer de satisfazer uma das características humanas, a curiosidade, as formas para o conseguir foram com a evolução humana diversificando-se até limites inimagináveis para o começo da minha idade adulta. A divulgação museológica num suporte de consultar e estudar em casa, atravessou várias fases, desde a mais longa a impressa e quem sabe se a mais duradoura, depois a diskete, mais tarde os cd/dvd e agora sem “ocupar lugar” tudo o que os servidores da rede, e mais recententemente uma entidade abstracta, a “nuven”, conservam e disponibilizam “na linha”, à distância dos movimentos dos dedos das mãos, textos e imagens que são capazes de se simular até com rotações a 360º e mesmo permitindo aproximações a preceito.
Quando nos tempos da “velha” arqueologia e já na era da pré-informática encontrava um caco no campo, e ele era mesmo “mudo”,… não era possível outra atitude senão procurar na literatura publicada algum par já descodificado, e caso não se encontrasse, criava-se a ilusão e a emoção do nascimento de um “primeiro” e nóvel achado. Hoje, o mais provável é que essa informação já esteja algures numa qualquer “bases de dados”, embora na maioria das vezes de acesso restrito ou impraticável.
A natureza, só por si é um museu, e por muitas imagens tridimensionais que se construam e que se coloquem na rede, não entregam o mesmo resultado da observação directa sobre algo que tem cheiros, ventos sombras e reflexos mutantes, e mais importante do que isso tudo, a relação da escala entre a nossa pequenez e a dimensão do que nos rodeia; não há diagramas comparativos que resolvam, ou devolvam ao homem a nitidez do que a Natureza sempre se dispôs oferecer-lhe para que ele se deite e deleite na superfície amarga de uma rocha irregular ou na doce de uma manta de musgo. Mas, não só na natureza nos comportamos assim; obras de arte “notáveis” só podem ser verdadeiramente entendíveis se forem interpretadas em presença da escala métrica proporcionada pelo nosso cérebro, embora tantas vezes condicionada pelas premissas dos ambientes de acesso.
É admissível que, de uma certa forma, não seja preciso ir ao Egipto para compreender a civilização dos Faraós, pois a rede tem milhões de imagens para todos os gostos, e até desgostos, que retratam muita da sua opulência e muitos dos seus segredos, mas para quem possa, e arrisque neste tempo de perigosas convulsões socias à escala global, fará bem ir até lá perceber as escalas e os ambientes em que tudo se passou e ainda passa, pois a história de uma civilização maíuscula nunca ficará acabada.
A invocada soberania dos mercados, por alguns, quiçá em número maior do que é aceitável, e que vegeta entre a confusão, a contradição e a manipulação dialética, numa luta contra o direito à igualdade de oportunidade no acesso de cada pessoa ao inquérito presencial perante um objecto “falante”ou uma cultura “indisponíveis na rede”, é um factor de retrocesso no desenvolvimento humano, não só na vertente da Carta dos seus direitos mas, porquanto não estão abertos módulos de conversação directa e aberta sempre que cada sujeito o ache oportuno com garantia de sucesso, para concluir cada parágrafo de uma investigação.
O “nosso Mundo”, está pois a caminhar a passo largo para um estado de regressão cultural, gerido pela ditadura dos lacaios dos “mercados”, muito embora o chamado turismo cultural possa ser o último obstáculo à incultura de massas, e ao mesmo tempo a única fonte de rendimento para muitas pequenas e cada vez mais isoladas comunidades, que provávelmente serão ainda empurradas para formas autogestionárias do seu próprio património diverso.
Será que este poder político é coerente ao encomendar a comemoração do dia Internacional dos Museus?
sexta-feira, maio 17, 2013
quinta-feira, maio 16, 2013
quarta-feira, maio 15, 2013
terça-feira, maio 14, 2013
segunda-feira, maio 13, 2013
domingo, maio 12, 2013
sábado, maio 11, 2013
Histórias de ruas
Ontem, caminhava a pé, pensativo de olhos no chão, pelo passeio da Rua da Escola Politécnica junto da PGR, quando ouvi uma voz fraca de alguém que se tinha cruzado comigo pedindo uma moeda para um pão. Quando “acordei”, virei-me para trás e vi que tinha sido um homem baixo que tinha passado por mim e seguiu o seu caminho, sem que entretanto não deixasse de repetir o acto mais à frente ao cruzar-se com outra pessoa que mais atenta o ouviu, parou, mas não reagindo logo, deu-me ocasião para fazer um sinal de longe, e voltando atrás dei a moeda que talvez não me fizesse falta e pudesse mesmo ajudar aquele ser humano, um jovem com uma cara de visível sofrimento, que logo me agradeceu de lágrimas nos olhos, e logo de seguida à outra pessoa que entretando também tinha metido a mão ao bolso para o confortar. De seguida, os dois cujos estômagos não tinham fome, ficámos lado a lado, e viemos a conversar até ao Largo do Rato sobre o estado actual do País e a sua associação a um outro triste espéctaculo que acabávamos também de ladear; o “morto-vivo” que com a mulher e um enorme cartaz se mantém junto à porta da PGR há mais de 17 anos, tendo o meu interluctor ironizado com a possibilidade de o homem poder assaltar um Banco e, como pessoa, ficar impedido de ser julgado pois está dado como morto, e a “justiça” persiste em não resolver o problema que o atinge. Não é a primeira vez que refiro este caso como o paradigma de um sistema judicial incapaz, que apenas se alimenta a si próprio, servido por uma imensidão de privilégios a que o cidadão comum não tem direito, e agora que já decorreram dois anos sobre o magistério da Ministra da “Justiça” e já há uma nova Procuradora Geral, é inconcebível como o Estado permite que continue o espectáculo daquelas duas almas diáriamente no passeio faça sol ou chuva junto ao edifício da Procuradoria, esperando não sei bem porque decisão. Se é verdade que em 17 anos muitos Governos existiram, não deixa de ser também verdade que o actual se apresentou ao País como que ungido de um dom celestial que tudo ia resolver para bem dos Portugueses, “reformando-o” no melhor dos sentidos. Hoje, a maioria dos Portugueses já sabe muito bem que o País foi vítima de um embuste pré-eleitoral, e está a ser agora vítima de uma permanente falsa narrativa, acobertada por muitos escribas dos Órgãos de Comunicação Social e em especial pelo Presidente em Gestão que consome mundos e fundos no Palácio de Belém sem nenhum benefício directo para os Portugueses.
sexta-feira, maio 10, 2013
quinta-feira, maio 09, 2013
quarta-feira, maio 08, 2013
8 de Maio, dia de muitas Festas
VENDO-A SORRIR
(A minha filha)
Filha, quando sorris, iluminas a casa
D'um celeste esplendor
A alegria é na infância o que na ave é asa
E perfume na flôr.
Ó doirada alegria, ó virgindade santa
Do sorriso infantil!
Quando o teu lábio ri, filha, a minha alma canta
Todo o poema de abril.
Ao ver esse sorriso, ó filha, se encontro
Em ti o meu olhar,
Engolia-se-me o céu azul pela alma dentro
Com pombas a voar.
Sou o sol que agoniza, e tu meu anjo loiro,
És o sol que se eleva.
Inunda-me de luz, sorri, polvilha de oiro
O meu manto de treva!
1884.
Guerra Junqueiro, Poesias Dispersas
"Na Cidade sem mar, qual é a coisa a que as pessoas recorrem para recuperarem o seu próprio equilíbrio?" (Banana Yoshimoto)
Na cidade com um rio, cheio de peixes que vivem ora na água do mar ora na água doce, o seu equilíbrio faz-se com apoios ora na luz natural (h)ora nas luzes ditas artificiais.
Neste pedaço de terra à beira mar plantado, o pôvo não teve a liberdade de outros Europeus para sentir em 8 de Maio a alegria do final da II Guerra Mundial, mas passou pelas emoções de muitas ocupações e de muitas outras transições semi-libertárias, e desses acontecimentos ficaram pelo menos algumas marcas traduzidas em “fortificações” religiosas e militares, que hoje acolhem quem procurar respostas para a intranquilidade planetária.
terça-feira, maio 07, 2013
segunda-feira, maio 06, 2013
domingo, maio 05, 2013
sábado, maio 04, 2013
Imagens de Rua
Lisboa dos bairros com velhas histórias já contadas pelos poetas e muitas ainda por contar pelos alfacinhas, de ruas e casas estreitas, onde o sol entra à vontade, onde há artes menores que se confundem apertadas numa tabuleta, portas com o número do "azar" a proteger a inclinação da calçada, portas antigas de devotos são encimadas por Registos em azulejo, ao lado de outras perdidas de sentido enquanto não apareça alguém que as resolvam.
sexta-feira, maio 03, 2013
quinta-feira, maio 02, 2013
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