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terça-feira, janeiro 31, 2012

A intimidade com as objectivas


Um pequeno sopro sobre as plumas, o cenário transfigurou-se, e desapareceram todas as dúvidas interiores.


Sem praia, pelos passeios da calçada à Portuguesa,...



Na esquina onde existiu a mais bela das Farmácias de Lisboa, a Liberal, cujo interior está em exposição no Museu da Farmácia, cabe agora um micro carro de fabrico Italiano de alta gama.


E noutra esquina mais abaixo na Avenida, com um daqueles estreitos ângulos agudos que o Marquês de Pombal não pôde corrigir, 

um stand de uma marca concorrente que também vende micro carros.


Na falta da caminhada matinal de duas horas até à praia, ontem uma manhã por Avenidas e Ruas de Lisboa! 



Erotismo na Avenida!


Lado a lado, dois edifícios Lisboetas mostram a “evolução” dos conceitos estéticos das arquitecturas; um bloco, cheio de pedras mármore e vidros azuis numa fachada simétrica sem motivos para me ocupar a memória, e um edifício “Prémio Valmor”, assimétrico no rico desenho da sua fachada, com variados elementos e coerentes materiais decorativos, que se fixa e recorda com prazer. 





Ao longe, ali por perto, ouvia-se a voz estridente com dicção clara de um homem, a gritar: Viva o f… da p… do Sr. Procurador Geral da República!
Embora estivesse a cerca de cem metros da sede do SIS, não dei por movomentações policiais para deter o gritador, talvez até pela lentidão do novo motorista do Relvas ( Relvas, um indivíduo que teve sempre hábitos de andar às boleias).


segunda-feira, janeiro 30, 2012

A intimidade com as objectivas

Quando “pego” numa imagem e, a contra-gosto, crio no “Photoshop” uma nova camada digital para sobrepor a “minha marca de água”, é com estar a sonhar que dissolvo pixels no tubo de ensaio dos alquimistas.

domingo, janeiro 29, 2012

A intimidade com as objectivas


Os barcos mariscadores, nossos companheiros de aventuras, e a música universal.

A intimidade com as objectivas


O encontro com o mais misterioso dos fósseis dunares.

sexta-feira, janeiro 27, 2012

A intimidade com as objectivas


A flôr do aloé, habituada à companhia das canas de pesca telescópicas, estica-se sobre a Ria na esperança de alcançar a outra margem.



Os espaços seculares rectilíneos, emudeceram com a invasão da contemporaneidade.

quinta-feira, janeiro 26, 2012

A intimidade com as objectivas


O espírito, alimenta-se da côr.

A intimidade com as objectivas


A natureza não é, definitivamente, mais do que um dicionário.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Memórias


Uma velha caixa de lápis de carvão, do tempo em que a palavra progresso tinha o sentido prático que o presente do futuro parece querer desmentir.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Ontem, fomos visitar o “sítio” onde fomos “iniciados” na arqueologia pelo nosso Amigo Engº AMMS.

Um simulacro de regresso às origens, pois a paisagem estava completamente mudada pelas obras do regadio alqueviano, que nos levaram num caminho de terra batida até à “beira dos cacos”; foi sair do carro, e colocar o “babete” ao pescoço! No essencial, muitas semelhanças com tantas outras tardes passadas naquela planície ligeiramente inclinada; milhares de fragmentos dos mais diversos testemunhos da ocupação Romana daquele local, espalhados à superfície entremeando o verdejante despontar de mais uma cultura de sequeiro, prática que ali sempre conhecemos, e que ora era amigável ora desagradável para o estudo dos resultados de uma prolongada presença humana naquela sede habitacional auto suficiente, que até dispunha de uma barragem, situada uns quilómetros a sul, para o seu abastecimento corrente.


Não se tratou de ir “matar saudades”, porque isso é uma “construção” cheia de imprecisões, ambiguidades e de ínfima aplicabilidade. Só se “matam saudades” de algo repetível, e a saudade é algo difícil de traduzir mas que se associa quase sempre a uma pessoa ou a um acontecimento que nos foi muito agradável. Se podemos ouvir todos os dias uma canção da Francoise Hardy ou ir à beira do mar ouvir o som das ondas, não podemos repetir os anteriores enquadramentos espaciais dessas ocorrências no passado, e se a sua reincidência actualizada continua a ser desejada com intensidade, para quê associar à saudade o uso de um verbo com sentido destructivo?


Voltarei às saudades, depois de lavar e fotografar a meia dúzia de cacos que ontem recolhemos na "Cidade das Rosas", e que já não serão reduzidos pelas grades de discos atá à sua integração num solo de onde não nasceram enquanto pélas usadas nas rodas dos oleiros para serem moldadas em objectos do quotidiano.
     

Eco dos criadores do Belo

Para fechar o Sábado 21, dia dos poemas, nada podia ter sido melhor do que pegar nuns minutos do “Tempo” e meditar a 3D sobre “sonhos perdidos”.



Mais uma vez me confrontei com os protagonistas do Belo na préhistória, e com a questão principal (já escrevi sobre isto), que é a infeliz impossibilidade de se estabelecerem relações entre as sucessivas gerações de criadores de arte plasmada nos mais diversos suportes. Fomos “ver” as imagens belíssimas de um documentário, que nos entrega para trazermos para casa, um vasto conjunto de mistérios sem solução. Na gruta do filme, não viveram seres humanos, estes só lá foram pintar e ditam algumas das datações por rádiocaborno que o fizeram com alguns milénios de intervalo; ora atendendo a que a Europa vivia os tempos finais da última glaciação, aquele/s artista/s só poderiam ter vivido noutros abrigos onde fosse possível resistir há 30 mil anos atrás ao frio brutal que assolou este Continente onde hoje estamos  e que parece ter sido responsável pelo desaparecimento do homem de Neardenthal. Seria fantástico ser possível descobrir os locais onde aqueles seres humanos viveram, e ter uma outra visão da sua cultura material, mas nunca se estabelecerá a relação de DNA que eventualmente terá existido entre esses pintores de épocas tão distantes, nem que relações cromossomáticas tinham esses pintores que desenhavam no escuro, de memória e de um só traço, com Michelangelo! Como entretenimento, o filme e o seu enquadramento 3D, valem mesmo a pena, e como “ensinamento” trouxe comigo um conceito expresso por Jean Clottes, uma pessoa agradabilíssima, especialista de arte no paleolítico, que tive a ventura de conhecer num Congreso de Arqueologia realizada em Faro, de que o Homo sapiens, afinal era acima de tudo um Homo sensibilis!

A intimidade com as objectivas
























O restolho, e as sombras do Pastor e dos seus cães.

sábado, janeiro 21, 2012

Um dia de partilhar amizades, dando eco a criadores de poemas!


La Citá di Belo, é o superlativo do belo, seja ela vista através da minha “lente verde” ou na tentação de uma “lente B&W”!









Aproveitar o “Tempo”!

Só a dormir se pode mesmo sonhar!
Foi a sonhar que aprendi a somar,
e que consegui encontrar solução para muitos problemas difíceis.
Foi a sonhar que construi paisagens maravilhosas,
e também edifícios deslumbrantes,
que não consegui mais tarde reproduzir a régua e esquadro,
com lápis ou pincéis,
mas que inspiraram os meus dedos para outras criações.

Dormir sem saber sonhar, é desaproveitar o “Tempo”.

JA 2012/01/20

Agora bem acordado, dedico todo este "dia" ao meu querido Amigo R M, que finalmente viu concretizado o que parecia ser um sonho.


sexta-feira, janeiro 20, 2012

A intimidade com as objectivas


Com esta fotografia, sujeito-me ao julgamento da inteligência, esse maravilhoso instrumento de ansiedade criativa e de conquista enebriante.

A fotografia nos percursos de outono
























quinta-feira, janeiro 19, 2012

Eco dos criadores do Belo

A intimidade com as objectivas


Voltar à paleta das cores com a ajuda do Sol, e matar saudades dos céus de Janeiro!

quarta-feira, janeiro 18, 2012


Num dia agitado, um pouco de música para relaxar!

A intimidade com as objectivas

Voltar ao piano do lado da sombra com o teclado a preto e branco, apenas com dois infinitos de tons, para reprimir o reportório expressivo das cores da natureza, suprimindo-lhe todas as camadas intermédias.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

A intimidade com as objectivas

A intimidade com as objectivas

Noutras “épocas”, os órgãos de “Informação”, agora apenas de propaganda aos Liberais/Jesuítas, já teriam lançado o alarme geral para a escassez de pluviosidade do último outono e do princípio deste inverno, informando detatalhadamente sobre os níveis das nossas albufeiras e sobre as prospectivas das Águas de Portugal para os eventuais constrangimentos no fornecimento de caudais no próximo verão, caso não aconteçesse isto, aquilo ou aqueloutro.
No “meu” Rio, o dos meus sonhos e que há-de ser o do meu repouso, estão a acumular-se à tona de água junto das margens, diversas espécies de flora aquática oportunistas, porque o caudal foi-se lentamente reduzindo, já só transporta energia ao meio do rio e está a deixar portanto de purificar os territórios marginais dos viveiros de barbos, achigãs e das outras espécies que o povoam. Uma semana atrás (deixei aqui publicadas no Domingo dia 8 duas imagens deste sítio magnífico), o caudal estava de tal forma reduzido que me atrevi a sonhar poder alcançar o Moínho de Farrobo assim dispusesse de calçado adequado e dos instrumentais necessários a poder efectivar o “desenho” da sua planta, fotografar o seu interior e fazer os planos dos seus horizontes de 360º. Passada uma semana o rio mantém-se agonizante, mas pelos caprichos da natureza o caudal subiu o suficiente para que os meus botins curtos de borracha se tivessem mostrado insuficientes para atravessar a cerca de meia dúzia de metros de água que me separavam dos meus propósitos.
Ainda não sei como e quando vou visitar o interior deste Moínho, perceber como se encontra o seu interior e concluir se o desmembramento do porto de acesso ocorreu num tempo que permitiu ainda salvar, e guardar “in sitú”, o seu mobiliário pétreo. De qualquer forma, este Monumento ( substantivo que desagrada a quem não quer entender que a salvaguarda do património deve, tem que ser, desígnio nacional ), ergue-se ainda imponente no meio do rio, e desfeita grande parte dos paredões do açude, a água, segue o seu caminho natural pela esquerda das ruínas do açude e beijando a sua empena distal, afaga o leito atapetado com milhões de pequenos seixos rolados.


Desta última vez, quando abordei a margem esquerda do Guadiana, imperava o nevoeiro, a temperatura exterior rondava os 8º, o sol lutava por romper mas iluminava centenas de teias de aranha dispersas pelos frágeis ramos dos arbustos que a povoam, e de que a geada da noite era responsável por se poderem descortinar, e que passada meia hora se tornaram invisíveis com a dissipação da neblina à custa do aumento da temperatura, e que talvez não possa voltar a fotografar após regressarem os dias de chuva.


Eco dos criadores do Belo

sábado, janeiro 14, 2012

A intimidade com as objectivas


Caprichos criativos da natureza.

A intimidade com as objectivas

A intimidade com as objectivas


Espero, que o Amigo dono desta nespreira, me dê a provar a prole que estas flores e as abelhas hão-de frutificar.