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quarta-feira, novembro 30, 2011

terça-feira, novembro 29, 2011

A intimidade com as objectivas


Recortando o contraluz nos jardins de Belém.

A intimidade com as objectivas


Mais um candeeiro que ilumina o céu, enquanto o sol desenha nuvens em banhos de espuma.

segunda-feira, novembro 28, 2011

A intimidade com a Arqueologia

Entre os vestígios arqueológicos materiais que atravessaram o neolítico final e o calcolítico e que chegaram ao nosso conhecimento, encontram-se alguns completamente “mudos”, sendo dois dos seus maiores expoentes as chamadas “placas” com um ou dois orifícios em cada extremidade, e os chamados “crescentes” com um orifício em cada extremidade.


Aqui ficam hoje, não uns riscos de visões mais ou menos abstracionistas, mas alguns desenhos rigorosos de alguns fragmentos de “placas”, cuja função menos controversa que lhes é atribuída, bem como aos “crescentes” é a de terem servido como pesos esticadores dos fios verticais nos teares neolíticos, que tudo indica terem tido formato vertical, isto é, talvez dois troncos espetados no chão, com ramos abertos como forquilha na extremidade aérea, onde se apoiava um tronco horizontal e do qual ficavam suspensos os fios da trama que iam sendo entrelaçados alternadamento pelo fio da meada, tecendo-se assim os panos que, para além das peles, serviriam como vestes às gentes da pré-história.





Até agora, nenhuma concentração de crescentes e placas permitiu construir um modelo de tear neolítico pois achados como o “Homem do Gelo”, uma verdadeira enciclopédia, ainda não ocorreu no nosso Sudoeste!



Imagens de rua



Porque, afinal, quase tudo não é Azul!

A intimidade com as objectivas


Entre o olhar, e os registos do termo de um dia de Outono, ficam os riscos da voz dos pianos de cauda.

domingo, novembro 27, 2011

A intimidade com as objectivas



No Outono, entre o sol rasante aparecem novas cores na paleta do planeta.

A intimidade com as objectivas


A brisa madrugadora, aconchegou o bote aos tufos que decoram a beira ria, protegendo-os das razoiras afiadas dos caranguejos.

A intimidade com as objectivas


Um altar de eleição para o sacrifício mortal de pinhas, e de pinhões.

sábado, novembro 26, 2011

Hoje

Não fica bem cultivar a ideia de que temos os Amigos que merecemos, e que isso resultou de uma paciente conquista. Não posso negar a evidência das amizades que me acariciam, e muito menos aquelas tão especiais que somos incapazes de expressar na metafísica o carinho pelas palavras e pelos actos que tornam possível viver e reviver o ambiente dos raios solares.


Hoje, recebi uma prenda que vai ocupar outros espaços e deixar inquietos textos e apagadas imagens que ficarão, umas de lado e outras para trás.

A intimidade com as objectivas


Quilhado na rampa da doca seca, o casco namora ao mesmo tempo Mar e Terra.

Outras memórias


Durante o período do serviço militar obrigatório em que desempenhei, a tempo parcial, as funções de Tesoureiro do Serviço Cartográfico do Exército, tinha entre outras tarefas a obrigação de pagar mensalmente os vencimentos a cerca de uma centena de civis e militares que lá prestavam serviço. Para esse efeito, estimava antecipada e individualmente as quantidades de notas que necessitava para colocar dentro de cada um dos envelopes nominativos, e ia no eléctrico da Carris, fardado e com uma simples pasta de cabedal e sem escolta, do Largo do Príncipe Real até à Sede da CGD na Rua do Ouro levantar o dinheiro necessário, que não era pouco, para esse e todos os outros pagamentos mensais, num tempo portanto em que os assaltos ainda não eram moda!....
Como tinha também de cumprir outras missões de natureza estrictamente militar no ambito das actividades do Departamento de Fotografia e Cinema, grande parte das minhas tarefas burocráticas na Tesouraria eram asseguradas por uma colaboradora civil, uma jovem Algarvia que tratávamos por Rosarinho. Não voltei a vê-la depois de passar à disponibilidade, e só me recordei recentemente desse convívio quando encontrei um barco de pesca chamado Rosarinho, e já me assegurei de que este nome é pura coincidência.

sexta-feira, novembro 25, 2011

A intimidade com as objectivas


Da mesma forma que o Sol transforma a água do mar em flôr do sal, também aqui, com o tempo, o azul caminha para o estado salinável.

A intimidade com as objectivas


Um expoente de desperdício estético, num toldo que nunca ofertará sombra ao assento dos leitores de livros, mas é ouvinte atento das conversas entre velhos pescadores, e dos beijos dos namorados.

quinta-feira, novembro 24, 2011

Imagens de rua


A atracção magnética pelo verde!

Outras memórias

O meu primeiro emprego remunerado foi na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, como escrutinador das apostas mútuas- O Totobola - então com com prémios sobre os resultados de treze jogos e boletins até dez apostas simples, e esta minha ocupação, como as outras ao longo da vida, foi conseguida através de concurso.


O escrutínio, manual, decorria segunda feira a partir das 8 da manhã, e podia demorar até depois do almoço, sem qualquer intervalo para descanso, e a sua duração decorria naturalmente do número de boletins e de apostas, mas também da “dificuldade” da chave final dos resultados.


Esta imagem, respeita à plaqueta do último escrutínio em que participei, antes de assumir por inteiro a minha carreira profissional definitiva. Neste pedaço de plástico estão impressas chaves de pesquisa, de um lado para o escrutínio das apostas simples e do outro para as múltiplas. A chave deste concurso, foi pois 112XX2112212X. Cada escrutinador, ia recebendo maços de cada Agente, e o salário era função do número de apostas escrutinadas, e por isso, era a concorrência do factor maior número de apostas múltiplas por maço e da previsão dos resultados que orientavam a velocidade com que eu ia de cada maço retirando os boletins sem prémio com a mão direita para o lado de debaixo da plaqueta que segura com a mão esquerda pressionava sobre o conjunto dos boletins que tinha comigo. A rapidez da leitura, determinava o montante dos meus proveitos, aos quais podiam ser deduzidos eventuais erros que tivesse praticado em sessões anteriores só descobertos por via das reclamações dos apostadores, e que em caso de persistência levavam à cessação de uma relação laboral sem contrato, mas com descontos para a Caixa Nacional de Pensões. Esta operação, exigia um significativo esforço de concentração visual, em coordenação com o acondicionamento que as duas mãos faziam dos boletins e da plaqueta, mas a sua recompensa material foi a minha independência durante alguns anos.
Ali me mantive durante 3 anos, até fazer a recruta de ingresso no serviço militar obrigatório, e logo que a concluí e fui colocado em Lisboa, pedi a readmissão que me foi concedida primeiro como estagiário, passando depois de novo para o quadro como efectivo.

quarta-feira, novembro 23, 2011

Património


Os artífices dos tapetes de tesselas romanas ou bizantinas, não são os antecessores directos dos executores da arte das pedras da calçada à Portuguesa, mas ambas são manifestações artísticas merecedoras de correr o Mundo em pequenos rectângulos denteados, no meio termo entre os paralelepípedos daquelas duas expressões artísticas.

A intimidade com as objectivas


Neste plano tão aberto, o horizonte só não é quase uma linha, porque o desordenamento territorial do litoral Algarvio permitiu espetar dois desregrados alfinetes de betão lá longe em Monte Gordo!

A intimidade com as objectivas


Um reflexo prateado tão tardio, que a luz do ocaso, fez igualar ao sabor do chocolate negro derretido em banho maria.

terça-feira, novembro 22, 2011

A intimidade com as objectivas


Solidão em tons de azul.

Imagens de rua



Arte pública nos Jardins de Lisboa.

Imagens de rua


Uma das vertentes mais contraditórias do momento actual que o País vive, é a equação que exacerba de um lado as dificuldades financeiras globais e do outro o volume de desperdício em futilidades mascaradas de exibições artísticas, que mais não servem do que o autoconsumo dos seus promotores. Esta equação, torna-se ainda mais desiquilibrada e discutível quando em alguns destes eventos, intervêm entidades Públicas.


O par destes conjuntos de luminosos placards, que foi instalado num recatadíssimo Jardim de Lisboa, se me atraiu para o seu aproveitamento estético, também me provoca a interrogação sobre a justificação para os seus encargos, visto que se trata de um local com um restrito acesso populacional, e ausente de observadores automobilizados que pudessem ser atraídos para o objecto de divulgação que encerra aquela vistosa publicidade estática.


segunda-feira, novembro 21, 2011

A intimidade com as objectivas


Nacionalismos à parte, o saber dos pescadores criaram uma bandeira de repartição cromática muito mais equilibrada.

A intimidade com as objectivas


Num encosto entre duas gerações, é a mais velha que serve de âncora.

domingo, novembro 20, 2011

Expressionismo Abstracto



Estas construções e as inevitáveis desconstruções para novas construções são o Lego dos Calafates.

A intimidade com as objectivas


Um impulso irresistível.

A intimidade com as objectivas



E Lisboa aqui tão perto!

Distorções expressionistas

A intimidade com as objectivas



A linha harmónica da corda de sisal, suspende o bote defronte ao espelho.

sábado, novembro 19, 2011

A intimidade com as objectivas


2011/11/15 - H : 17,07 - Tv : 1/250 - Av : 16.0

A intimidade com as objectivas


A boia bandeira libertou-se das teias e das redes e, veio até à Ria assinalar o caminho às ostras, que nascem do casamento entre territórios de domínio público, com a exploração privada dos viveiros.


A intimidade com as objectivas


Espreitando infinitos azuis cinzentos e brancos, por debaixo de um ninho de pinhas.

sexta-feira, novembro 18, 2011

A intimidade com as objectivas



Eu, levitando sobre um banco solitário!

Património da Humanidade

http://www.lascaux.culture.fr/#/fr/02_00.xml

A intimidade com as objectivas


O espírito supremo de um estilo arquitectónico.

A intimidade com as objectivas


A cada segundo que o Sol se esconde num meridiano deste planeta, há inumeráveis olhares que registam a incontornável perdida de mais um dia de vida, imersos em esplendorosos horizontes, todos e cada um deles inigualáveis, no plano imaginário, e na côr ou na sua ausência.

A intimidade com as objectivas

A vida, a cultura, o património e a riqueza de um Povo fazem-se de pequenos “nadas”.


Muito para além da imagem da degradação patrimonial perante o olhar “distante” mas tão próximo do sobrenatural,


ainda é possível encontrar um paradigma da contra corrente, que embora mais volúvel do que um Moinho do Guadiana permanece a salvo dos garfiteiros rascas que inundam o património colectivo com páginas da herança do analfabetismo oficialmente vigente durante grande parte do Século passado.


quinta-feira, novembro 17, 2011

A intimidade com as objectivas


Se para uma experiência estética, tiver de optar entre as paisagens, as sombras e os objectos, decido-me por sobrepor um pouco de tudo; e que mal tem em também me interpor no plano mais linear?

Portugal como vai



O texto que se segue, acabo de o publicar no meu mural do Facebook.

A chave está sempre na vontade popular, sem a qual nem mesmo um rei consegue reinar e estar certo nas decisões que toma.

Dr Silvestre Pinheiro Ferreira, Filósofo e Pensador, conselheiro de D.João VI

Os rostos da chmada Troika, não são pessoas que tenham vindo a Portugal para ajudar a resolver os problemas do País, mas sim para controlar onde foram gastos os “recheios dos envelopes” que os Patrões deles ( Associações de membros do Sistema Financeiro Internacional) colocaram à disposição do actual Governo Português depois da assinatura de um contrato de empréstimo outorgado pela anterior Governo, e só então “autorizado” pela EU depois da aliança da Direita Liberal/Jesuíta com a Extrema Esquerda ter rejeitado o chamado PEC IV.
Estes Senhores “economistas”, que adoram protagonismo, “dão” conferencias de imprensa em que um bando de “jornalistas” engole a cassete estafada das “medidas estruturais” e promessa de oasis para 2013, e o Chefe da missão até foi à RTP dar uma entrevista com as preguntas mais básicas que era possível imaginar demonstrando aliás, mais uma vez, que os agentes da intoxicação social escrita e rádio-televisiva cumprem meros papeis de leitores de papeis com perguntas impressas e sem contra argumentação nada aportando para o esclarecimento dos menos atentos ou menos letrados. Exemplo do que acabo de escrever, é o facto perturbador de se poder inferir como corolário lógico das palavras do Chefe da Troika, quando comentou as medidas tomadas de cortes de subsídios dizendo ser isso uma correcção a um desvio de decisões anteriores erradas, que tais eliminações serão para sempre, salvaguardando até que a legalidade constitucional dessas opções compete aos tribunais avaliar, e não a ele.
O que acabamos de ficar a saber, é que a aplicação dos fundos feita pelo Governo actual parece ir produzir meios de pagamento para que Portugal possa liquidar os juros dos empréstimos, pois esse é o objectivo destes credores, já que não tinham outros clientes onde possam para já rentabilizar os seus capitais, deixando no ar a ideia de que se continuarmos a aplicar bem o “programa”, em 2013 a nossa fonte de financiamento externo (de que o País vai necessitar eternamente para financiar os consumos do Estado, das Empresas e das Famílias, e liquidar os Empréstimos Externos ) já não serão o BCE e o FMI mas os “ Mercados”.
É preciso enfatizar que no modelo económico vigente nas sociedades ditas mais desenvolvidas, vítimas das práticas consumistas que as Entidades Financeiras alimentam, e em que a poupança deixou de ser de forma sustentada viável para as classes médias, o recurso ao financiamento bancário externo para satisfazer os investimentos públicos e privados revela-se fundamental e sucessivamente renovável.
No concreto, a Troika profere as frases feitas de que a Europa e Portugal estão a perder competitividade, e que essa fragilidade só pode ser eliminada através de “reformas estruturais”( menos salários, e menos prestações sociais o que inclui todos os serviços que o Estado presta aos Cidadãos, e privatização de tudo o que seja possível), afirmando que é ao Governo que compete tomar medidas para que a economia saia da recessão.
Não está a ser difícil que os Portugueses acreditem no volume da dívida externa, mas com a intoxicação informativa vai ser impossível perceber-se que a crise embora tenha algumas raízes nos atrasos estruturais do nosso País é mesmo uma questão de modelo Europeu, o que os membros do actual Governo sempre negaram até conquistarem o poder, embora os efeitos mal chamados de dominó ( pois este é um jogo lúdico) estão a pouco e pouco a vir ao de cima como aconteceu ontem com a França já a aproximar-se perigosamente de pagar as taxas que o Governo de Sócrates teve que suportar no momento anterior ao pedido de ajuda externa. E, também não vai ser possível fazer entender à generalidade das pessoas que as causas para a situação do País estão na exploração do capital financeiro sobre todos os factores de produção, a quem pouco importa que a produção nacional cresça se isso desfavorecer a rentabilidade dos seus capitais aplicados em importações de bens e serviços.
A EU, foi um projecto odiado e invejado pelo resto do Planeta, e os seus dirigentes, a partir das miseráveis Comissões Barrosistas que não perceberam em que conjuntura estavam e estão envolvidos, só tomam iniciativas que contribuem para agravar as tensões internas e também as suas relações externas. Não sei se o futuro da Europa é uma união política, mas se o for tem que envolver todos os Europeus, num processo democrático com “referendos” a todos os pontos sensíveis, para decidir o seu futuro, embora Hitler também tenha sido eleito!

A intimidade com as objectivas


Num promontório onde quase tudo é azul e branco, a sombra não alterou o tom irreal de uma sinalética que os citadinos tanto detestam; não interessa o quê, mas lá que é proibído é!

A intimidade com as objectivas


Desta varanda pública, com Séculos de pegadas de personagens azuis, declamaram-se poesias em todas as línguas, e quem sabe se não terá mesmo sido aqui criada a escrita do nosso Sudoeste, que ainda hoje continua por decifrar, e que tão bem se enquadra nos desenhos que estes horizontes estão despertos para inspirar. A estela epigrafada, cuja imagem se segue, não era deste “castelo”, mas de um outro um pouco mais para poente, lá para os lados da Fuzeta, mas também vizinho da Ria.